quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Tão frágil!
Morava em uma apartamento com minha mãe, em Baltimore. Era um lugar sossegado, com excessão dos andares superiores e inferiores ao meu. O meu vizinho do lado, era muito estranho. Era como se não houvesse ninguém a séculos habitando aquele lugar, não se podia ouvir nenhuma respiração sequer. Gostava de investigar as coisas, e ainda mais porque ele era uma cara bonitão e elegante, mas com roupas antiquadas para a época tecnológica, como se dizem. E mais havia percebido que nunca ia a supermercado, nem a padaria, não comia nada. Talvez fosse vegetariano, ou algo parecido, não era do tipo de garota que curte culinária. Mas algo me intrigava por completo, ele nunca era de papo. Eu o encontrava no elevador, e algo que eu sentia, não sabia como explicar. Parecia que ele tinha medo de mim. Enfim, não sabia como era tão encantador, mas tão antipático. Mas até que eu gostava dele.
Certo dia, voltando do trabalho a pé, a noite escura e sombria, a rua deserta, o silencio absoluto. Nada, não se ouvia, nem via nada. Nada além da sua própria ofegação, do seu próprio medo. Havia um vulto, há uns 10 metros de mim, não se mechia, estava imóvel. Cheguei mais perto, ele se virou. Não podia acreditar. Sim, era o meu vizinho estranho, aquele que eu achava encantador. Mas agora, ele estava com os olhos arregalados, como se fosse zumbi, e com a boa coberta por sangue. Tinha presas, feito lobo, percebi, que estavam sedentas, e prontas pra sugar o meu pescoço. Mas nada aconteceu, ele já havia saciado sua sede. Olhou atentamente em meus olhos. Eu via um certo descontentamento, e amargura em seu rosto. Ele fugiu, sem dizer nada. O corpo de um homem idoso, agora falecido, sem a presença de sangue qualquer, estava ali, caido. Parecia tão frágil. Concerteza nem um próprio leão, poderia defender-se de um 'monstro' como aquele. Voltei para casa e liguei para a policia. Menti sobre o caso, inventei uma longa história. No dia seguinte , bati na porta de meu vizinho. Ninguém atendeu. Fui pedir informações com o síndico, pra ter certeza de que ele existia. Mas recebi uma resposta que nunca esperava .Há uns 30 anos ninguém quis saber daquele número de apartamento. Nunca mais ninguém morou ali, desde o ultimo morador, ter sido encontrado morto, com 20 anos de idade, sem sangue, caido e falecido. E mais, ele parecia tão frágil.
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Explicação por não ter colocado nada desde sexta: minha net tava estragada! :/ Agora ela renasceu. To de volta ^^,
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