quinta-feira, 20 de maio de 2010

Talvez o amor lhe transforme...

Eu tentei, tentei de tudo pra fazer o amor da minha vida feliz. No começo pensava que seria apenas uma paixão avassaladora, mas era muito mais que isso, era um amor perfeito, que eu poderia dar. Mas eu não consegui, era tarde demais pra ser verdade, ele não conseguia sentir o meu amor, sentir aquele desejo que eu tinha dentro de mim, ele não conseguia sentir, porque eu não conseguia demonstrar, e assim foi que eu desisti, porque sabia que não merecia o amor que ele também tinha por mim, e eu não podia deixar ele sofrer por mim, NÃO MERECIA. E o único meio que achei foi ir embora, sem dizer adeus, sem me despedir, sem tocar em seus lábios, sem olhar nos seus olhos, e dizer que pra sempre o amaria. E eu fui, fui embora, sem rumo, sem direção. Talvez o amor que eu sentisse poderia ser a luz do meu caminho, a luz das estradas escuras que eu teria de passar, e não tive medo de deixar ele dar aquele amor a outra pessoa, porque EU NÃO MERECIA. Não tinha idade pra fugir, não tinha como dizer que tinha desistido de viver, e nem como explicar tudo aquilo para os meus pais, porque corria o risco deles não entenderem e não deixarem eu partir, e eu tinha de fazer isso. Tinha que me afastar de tudo e de todos, talvez pra um dia voltar e dizer, eu consegui, consegui fazer alguém sentir o amor que eu tinha por ele, e que seria só dele pra sempre.Arrumei minha mala, o mais pequeno possivel  Tinha um dinheirinho guardado dentro da carteira, eram poucos pra uma passagem pra bem longe,paguei a passagem e o moço da rodoviária me perguntou pra onde eu ia, disse que não tinha ao certo algo definido, mas iria encontrar. Entrei no ônibus e fui, viajei por muitos lugares, que nunca havia ouvido falar. Afinal queria ir pra um lugar onde eu não conhecia e onde talvez ninguem pensaria que estivesse lá. Ele não saia dos meus pensamentos, do meu coração principalmente, mas eu tinha que deixar ele viver. Passou vários dias e eu não conseguia arrumar nenhum dinheiro, vivia, vivia peregrinando. E durante esses dias, passei fome, frio, sede, mas não deixei de ama-lo. Certo dia passando perto de um prédio, vi uma foto minha. Na hora pensei que estivesse delirando, mas não era eu mesma, meus parentes me procuravam há dias. Não resisti, minha fome, minha sede, o frio, e principalmente a saudade, o amor que transbordavam em me peito falaram mais alto, eu me entreguei, me rendi. Me rendi ao meu amor, a minha saudade, ao carinho que queria receber ao olhar naqueles olhos que eu procurava e não encontrava. Fui á delegacia e me rendi. De volta a cidade, a primeira coisa foi ver que realmente eu tinha feito algo útil agora, meu amor, meu sofrimento, tinham feito de mim, uma pessoa melhor. Agora ele estava bem, conseguiu me esquecer, e entrega o amor que sentia por mim a outra pessoa. É claro que fiquei triste na hora, mas a felicidade einou dentro de mim, porque agora ele tinha o que sempre mereceu. E eu ? Eu estou feliz, com o amor que será sempre dele comigo. E os prédios por onde eu passei, farão pra sempre parte da minha história...

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei mesmos!
Dos textos que li pra essa edição do Blorkutando o teu é o mais top. Melhor que o meu até!
Então, boa sorte viw.
kisses

Melanieh C. disse...

Obrigada!, boa sorte pra você tmb!. Beijos