O final de semana
Era tarde de novembro, meu aniversário de 19 anos estava próximo. Já sentia o gostinho da liberdade! Todos os meus amigos já tinha seus vinte e poucos anos.
Todo final de semana fazíamos algo diferente, e neste iríamos acampar em um lugar totalmente deserto e que não era habitado há muitos anos. A ansiedade pra que o final de semana chegasse rápido era enorme. Já havíamos comprado tudo, desde lanternas a comidas, estava tudo pronto...
Chegou o tão esperado dia. O céu estava limpo e poderíamos prever que o nosso programa seria inesquecível e sem nenhum imprevisto. Chegamos ao lugar do acampamento, era uma casa muito velha. A pintura desgastada, as portas e janelas emperradas, os móveis empoeirados, tudo indicava que aquele local havia sido abandonado a tempo atrás.
As meninas logo se empenharam a limpar e organizar tudo, os meninos, por sua vez, resolveram pegar lenha e preparar a fogueira.
A tarde chegou tão depressa, estavamos todos exaltos com a limpeza e o trabalho. Deitamos e começamos a conversar, mas de re pente o tempo começou a virar, o vento tão forte soprava na floresta e trazia de lá sons e uivos estranhos. O vento batia no telhado, já arruinado com o tempo, fazendo-o levantar. Os gemidos dos animais, os gritos dos passáros, nos dava arrepior; as árvores se debatiam lá fora, o uivo do vento forte era como lobos famintos. O vento, sem mais nem menos, parou. A luz do lampião que estava sobre a mesa começa a acender e apagar, e logo a escuridão toma conta. Todos se encolhem e se abraçam, e logo ouvimos a voz de crianças vindas do porão, era ensurdecedor. Gritos de dor, súplica e desespero. O medo passa a nos dominar, o nosso incrivel e diferente final de semana , se torna sombrio. De repente ouvimos três batidas fortes, a luz volta e os gritos cessam.
Com a pouca coragem que nos resta, decidimos ver o que tinha de tão misterioso no porão. Porque aquelas vozes existiam ? O porão estava trancado, mas a madeira já apodrecida nos dava a alternativa de arromabrmos. E foi o que fizemos...
Descemos as escadas e com nosso próprios olhos vemos cenas de horror. E o que restava era os esqueletos e fotos das vítimas: crianças !
Descobrimos que ali, foi a chacina de milhares de rostinhos inocentes, que não puderam se defender !